Algumas tramas apenas sugeridas em Crepúsculo despertam com força total em Lua Nova, a eletrizante sequência da saga de Stephenie Meyer, especialmente o tão esperado triângulo amoroso protagonizado por Bella, Jacob e Edward. Outra personagem, que apenas promete seu retorno no primeiro livro, ressurge aqui de forma arrebatadora, deixando atrás de si um rastro de sangue, a vampira Victória. Ao contrário do esperado na continuação de uma obra que ocupou por muito tempo o primeiro lugar na lista dos mais vendidos nos mais conceituados veículos literários, Lua Nova é ainda mais eletrizante, hipnótico e sedutor, conquistando o leitor desde as primeiras linhas. É praticamente impossível deixar de navegar por suas páginas até que finalmente se alcance, sem fôlego, as últimas palavras, as quais pairam no ar, na mais fiel tradição de Scherazade, a autora das Mil e Uma Noites, conduzindo inevitavelmente o leitor até o terceiro livro da série, Eclipse. Em Lua Nova a autora remete seus personagens a um passado longínquo, às origens de sua própria história. Os mitos quileutes apenas esboçados anteriormente ganham forma concreta neste livro. Assim, outras criaturas míticas se somam aos vampiros, levando Jacob a uma jornada sem volta aos segredos que envolvem sua família e seus amigos, especialmente o enigmático Sam Uley. Por outro lado, Edward também realiza uma viagem rumo ao desconhecido, na mesma direção do destino que marca a relação entre amantes que se vêem sem saída, no melhor estilo Romeu e Julieta. Esta história clássica, de repente, parece transportar Bella e seu amado à mesma trajetória de desencontros, mal-entendidos, ameaças e morte. E leva a protagonista a mergulhar sua existência em um estado de completo vazio emocional, um árduo caminho que, através da dor, a conduz inevitavelmente à maturidade. Neste contexto aparecem na trama novos e fascinantes vampiros, simultaneamente aterrorizantes e sedutores, a medieval família Volturi, guardiã da cidade de Volterra, localizada na Itália. Seus três integrantes – Caius, Aro e Marcus -, antigos companheiros de Carlisle, líder do clã dos Cullen, acrescentam novos e mais picantes ingredientes à já complexa relação de Bella com Edward. No segundo livro a protagonista se vê dividida entre dois universos míticos. Seu coração oscila diante de um cruel dilema, escolher entre adversários milenares, amores distintos e intensos, cada um a sua maneira. A amizade e a lealdade são colocadas à prova e Bella tem que optar por um lado. Afinal, como conciliar crenças e interesses tão antagônicos? Bella, mais que nunca, intensifica seu distanciamento das outras pessoas, particularmente na escola. Como Zoey, a protagonista de Marcada – da série House of Night -, ela tem uma crescente dificuldade de interação com os humanos e se sente constantemente deslocada no seu círculo social. Talvez por isso ambas se sintam tão à vontade junto a criaturas míticas e imortais. Stephenie Meyer parece mesmo ter encontrado a fórmula do sucesso, combinando irresistivelmente em Lua Nova as doses certas de romance, fantasia, suspense e o resgate de criaturas míticas com novas vestes, bem mais atraentes e fascinantes. O resultado é um livro de tirar o fôlego, inspirado, segundo a autora, em músicas do circuito alternativo, especialmente em bandas como Muse, Coldplay, Linkin Park, My Chemical Romance, entre outras. E a sequência, Eclipse, promete ainda mais.

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